Era
uma noite muito fria de outono, aqui nas montanhas, no mês de maio, - já faz
muito tempo! Meu avô estava no hospital e minha mãe foi visitá-lo. Ela ficou
ansiosa e eu nasci prematura de emoção, às 23h45, de parto normal, dois meses
antes do tempo previsto. Não tinha unhas nem cabelo. E fiquei uns dias por lá
mesmo. Meu nome foi escolhido por minha mãe que tinha feito uma promessa a
Margherita Lotti, conhecida por Santa Rita, uma monja
italiana das causas impossíveis. E meu pai concordou. Hoje vivo longe da minha
família por obrigatória necessidade, mas nem por um instante dela me descuido.
Sou professora por vocação e esquisita por timidez. No meu peito trago escritas
menos ignorantes. E assim como a santa, eu gosto muito de cuidar de rosas. Mas
também sei pintar e fazer doces. E pão. E poesia.
[Rita Schultz,
0,60x0,40
acrílica sobre tela]
0,60x0,40
acrílica sobre tela]
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